'Tenda da Saúde' da Casa Treze marcou o dia do combate à AIDS na Praça Saldanha Marinho

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Foto: Eduardo Ramos (Especial)/

Nesta quarta-feira, comemora-se o Dia Mundial de Combate à AIDS, data voltada à prevenção e ao diagnóstico da doença. Nesta linha, a Casa Treze de Maio, serviço de assistência especializada (SAE), realizou o "Saúde na Rua", ação com tendas para conscientizar, realizar testes de HIV, sífilis, Hepatite C e B, e distribuir autotestes na Praça Saldanha Marinho. A ação ocorreu das 9h30min às 15h.

Além da conscientização, o diagnóstico precoce e o tratamento são as principais formas de defesa contra a AIDS. Uma vez com diagnóstico positivo, o indivíduo tem acesso a acompanhamento com profissionais da saúde da Casa Treze, que oferta o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de forma gratuita. Utilizando os medicamentos diários, é possível ter qualidade de vida e tornar o vírus "não detectável" no sangue, o que significa a transmissão do vírus do HIV deixa de ser possível, como explica a enfermeira da Casa Treze de Maio, Julia Zancan Bresolin:

- Não é mais como antigamente que, mesmo com o tratamento, as pessoas adoeciam. Utilizando os medicamentos todo dia, essa pessoa não vai ficar doente, e ainda tem a vantagem de não transmitir.

A enfermeira Julia informa que, além do uso do preservativo, forma de prevenção mais comum para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), também há a realização do teste anual para receber o diagnóstico e o uso de gel lubrificante para evitar fissuras. Ainda existe a distribuição de medicação de PEP (profilaxia pós-exposição ao HIV) que deve ser utilizada até 72 horas após exposição. Os medicamentos são disponibilizados 24 horas por dia no pronto-atendimento do Bairro Patronato, no Bairro Tancredo Neves e na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA).

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Luiz Carlos dos Santos, autônomo de 64 anos, convive com o diagnóstico positivo há muitos anos. Ele relata que, quando obteve o resultado, sentiu como se fosse uma "sentença de morte". Agora, com os tratamentos avançados, soube ressignificar esse sentimento. Hoje, ele leva uma vida normal, e luta para que mais pessoas tenham a chance de receber o diagnóstico mais cedo e realizar o tratamento o quanto antes, como ele.

Ana Carolina Stangler, 21 anos, é estudante de Fonoaudiologia e foi com uma amiga realizar os testes. Ela conta que costuma realizar a testagem junto aos demais exames de rotina de sangue. A estudante tinha receio de furar o dedo, mas o diagnóstico precoce é mais importante.

- Eu nunca fiz esse exame de furar o dedo, mas minha amiga me convidou, e vim acompanhar. Quanto antes a gente diagnosticar, melhor.

Já Marcos Vinicius Motta Lisboa, 50 anos, funcionário de serviços gerais, estava passando pela praça e resolveu realizar o teste. Ele relatou que mantém as medidas de prevenção contra a transmissão do vírus, mas resolveu fazer o teste por precaução.

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Segundo dados repassados pela Casa Treze, atualmente são 2,7 mil pessoas vivendo com o vírus da AIDS em Santa Maria. Desses, 1.061 são cadastrados na Casa Treze e realizam o tratamento e o acompanhamento da doença.

DEZEMBRO VERMELHO

O mês de dezembro foi escolhido pelo Ministério da Saúde para marcar a mobilização para tratamento precoce de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e síndrome da imunodeficiência adquirida. A Casa Treze seguirá com programação durante o mês para diagnóstico da HIV. No próximo dia 11, haverá uma pedalada, partindo da Secretaria da Saúde, com distribuição de kits de prevenção, brindes e lanches. A inscrição é gratuita e deve ser feita por meio do formulário disponível online. 

*Colaborou Eduarda Nenê da Costa